27/05/2007

Adaptação mais do que necessária

Iniciado na década de 90, o jornalismo online é hoje uma atividade inserida na mídia com muita força. Todavia, na opinião de alguns profissionais e estudiosos do assunto, o conteúdo dos sites dos jornais impressos, revistas e dos telejornais da tv é o mesmo das versões originais, ou seja, ele é apenas transposto para o mundo digital. Há o emissor, que constrói o conteúdo e transmite aos receptores que, passivos, apenas podem absorver a informação.
Essas versões on line desses meios de comunicação são praticamente idênticas a “matriz” reproduzindo títulos, textos, fotos e vídeos, quando, ao invés disso, deveriam se adequar a linguagem interativa da Internet que tem como sua característica mais inovadora o fato de justamente proporcionar um ambiente de interação e de inter-relacionamentos, o que é totalmente desprezado em detrimento da unilateralidade e unidirecionalidade que são comuns as mídias tradicionais.
Esse problema de adequação envolvendo novas mídias também ocorreu no caso do surgimento da televisão, que no início tinha seu conteúdo apresentado como se fosse uma estação de rádio com imagem (locução e exibição da imagem do locutor). Talvez a diferença seja exatamente a demora que essa adaptação de conteúdos dos meios tradicionais para a internet esteja levando para se consolidar, afinal já não estamos mais no início da década de 90 onde isso seria compreensível.

Ainda nesse “embate” nova mídia x velha mídia aí vai uma informação colhida em um texto do site Observatório da Imprensa que diz respeito a uma comparação do valor de mercado da Time Warner com a Google. Enquanto a primeira (que têm revistas como a Time, emissoras de televisão como a CNN, empresa cinematográfica como a Warner Bros e até serviços online como a AOL) é avaliada em US$ 90 bilhões, a segunda vale US$ 150 bilhões (valores obtidos conforme cotação nas bolsas americanas NYSE e Nasdaq em janeiro de 2007).

Nenhum comentário: